Apresento-vos um texto da autoria de Fernando Abreu, porém o texto está divido em varias partes, deixo-vos aqui, o primeiro episódio da saga...
Algures numa freguesia famalicense, existe um local muito especial chamado “ Os Carvalhais”. Esse local é muito especial pelo companheirismo violento existente entre vizinhos de longa data. Esse mesmo local foi anteriormente denominado “ O Bairro da Vaidade” algo que ainda ninguém foi capaz de esclarecer de uma forma explícita e que não envolvesse palavras mais rudes pelo meio e gestos desapropriados.
Mas fora a violência constante, gerada pela necessidade vital de se manterem informados sobre a vida do vizinho, é um local pacato. Aliás, é um local como outro qualquer no mundo considerado civilizado: é um local onde existem saneamentos públicos mas que as pessoas que lá habitam insistem em dizer que não têm nenhuma utilidade. “Já temos aqui fossas” afirmam os residentes de punho no ar em forma de revolta. A água municipal foi outro dos projectos camarários que acabaram sendo vetados pelos moradores assim como a reconstrução de algumas partes daquele fenomenal aglomerado de casas com cerca de 50 anos e que demonstra já bastantes sinais da sua antiguidade.
“Os Carvalhais” é um bairro que obteve esse nome devido a ter existido um carvalhal extenso no exacto local onde foi construído esse bairro, tendo esse mesmo carvalhal sido destruído para que pudesse existir um ajuntamento de gente tão importante na sociedade num só local.
Este bairrinho é um bairro que acolhe da mesma forma filhos de todas as mães e filhos da mesma mãe mas de pais diferentes. Afinal com a igreja tão perto, o importante é mesmo a família.
O ano n’Os Carvalhais está dividido em duas alturas distintas: de Agosto a Maio e de Maio a Agosto onde essa mesma divisão é feita e regulada por uma entidade nacional denominada Liga Portuguesa de Futebol. De Agosto a Maio existe um confronto constante entre adeptos de clubes rivais: “eh pah os teus vermelhinhos ontem pareciam bonequinhos a jogar contra os ingleses” que é retribuído com o tradicional “bonequinha chamava eu a tua prima”.
Fernando Abreu, Nandinho para os amigos e para uma prima mais jeitosa que possas ter...
sábado, 11 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Lá vem a malta de França
No outro dia no fui jantar fora e por momentos senti-me em Paris, porém foi apenas pelo francês que se fazia ouvir na sala, pois os tragues e as vestimentas eram típicas da malta portuguesa, que está a trabalhar fora do país, o chefe de família apresenta-se gorducho, camisa sem mangas, moreno trolha e até de madeixas, apresenta uma mística única, a mulher apresenta-se de cabelo pintado de vermelho, vestido, tambem gordita, talvez seja mulher a dias, na hora de pagar a típica discussão, “não vais pagar nada, eu é que disse para vir-mos aqui…oh guarda a nota… não insistas…eu pago”… se calhar está a dever dinheiro ao gajo da fruta, mas no restaurante tem de ser ele a pagar tudo. Mas no meio disto tudo o que acho mais piada, são as duas mulheres que estão a falar francês uma com a outra, mas são as duas portuguesas, porém falar em francês manda outro cenário, e depois as expressões que são repetidas umas centenas de vezes em apenas algumas frases, “bah…ah oui…parce q” , e depois existem sempre aquele gajos com a mania, por exemplo o empregado pergunta para quem é determinado prato, e o gajo faz de conta que não entende o que o empregado quer dizer, mas a seguir começa a falar português, WTF, é malta que sai daqui e fica diferente, a primeira coisa que devem fazer quando lá chegam é meter um brinco e fazer madeixas, depois é começar a arranhar o francês, porquê aqui em Portugal só falam francês?. Passam 2 meses em França e já bem a falar francês, mas infelizmente esqueceram-se de como se fala portugues, começam a fazer perguntas do género, “como é q se diz “xpto” en portuge? “.
O problema deve estar na agua que bebem ou assim, porque ficam todos parolos, desde dos mais novitos até aos velhotes.
No outro dia um amigo meu contou-me uma passagem do trabalho dele, chegou lá uma emigrante e ele perguntou o que é que ela queria, e ela respondeu “un poulet”, e ele respondeu “não ouvi”, ela repete, ele volta a repetir a frase anteriormente referida, e neste impasse a velhota responde “quero um frango”, porque raio não disse logo que queria um frango? Ele teve de se repetir duas vezes para poder atender ao pedido dela.
O problema deve estar na agua que bebem ou assim, porque ficam todos parolos, desde dos mais novitos até aos velhotes.
No outro dia um amigo meu contou-me uma passagem do trabalho dele, chegou lá uma emigrante e ele perguntou o que é que ela queria, e ela respondeu “un poulet”, e ele respondeu “não ouvi”, ela repete, ele volta a repetir a frase anteriormente referida, e neste impasse a velhota responde “quero um frango”, porque raio não disse logo que queria um frango? Ele teve de se repetir duas vezes para poder atender ao pedido dela.
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